TIC NA EaD

        Com as novas tecnologias atuantes na sociedade, entendemos que a educação deve se apropriar deste benefício, com isso, a educação a distância buscou explorá-la para atingir o maior número de alunos possível e com melhor qualidade de ensino.

 

o uso de uma ‘tecnologia’ (no sentido de um artefato técnico), em situação de

ensino e aprendizagem, deve estar acompanhado de uma reflexão sobre a

‘tecnologia’ (no sentido do conhecimento embutido no artefato e em seu contexto de

produção e utilização). (BELLONI , 2006 p.53).

 

        Segundo Vani Kenski (2007), a tecnologia não pode ser considerada simplesmente “a máquina”, ela é “o conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade”. (p.24). A maneira como utilizamos cada ferramenta para realizar determinada ação é definida como técnica e refere-se “as maneira, jeitos ou habilidades especiais de lidar com cada tipo de tecnologia” (p.24).

        A educação utiliza a mediação de algum tipo de meio de comunicação como complemento ou apoio “à ação do professor em sua interação pessoal e direta com os estudantes.” (BELLONI, 2006, p.54). Assim podemos considerar uma ‘tecnologia’ o quadro negro, o giz, o livro e outros materiais são ferramentas pedagógica mediadora do conhecimento e o aprendente.

        Sendo que na EaD, a interação com o professor é indireta e sua mediação ocorre com uso adequados de suportes técnicos de comunicação.

A interação entre professor e o aluno ocorre de modo indireto nos aspectos espacial, a distancia e descontinuidade e no temporal, a comunicação diferida, para que não prejudique a aprendizagem autônoma, e importante superar essa separação no espaço por sistemas eficientes de comunicação pessoal simultânea ou diferida que permite o contato regular entre os estudantes, tutores e professores e os próprios alunos.

        Para Belloni (2006) essas dificuldades precisam ser superadas por meio de

 

escolha cuidadosa dos meios técnicos, que considere não apenas as facilidades

tecnológicas disponíveis, e as condições de acesso dos estudantes à tecnologia

escolhida, mas sobretudo sua eficiência com relação aos objetivos pedagógicos (de

autonomia do aprendente) e curriculares (conteúdos e metodologias). (p.55).

 

        A partir deste principio da distância física e temporal, hoje temos a educação presencial, a semi-presencial (parte presencial e parte virtual) e a educação a distância (ou virtual).

        Moran (2000) nos ajuda a compreender as diferenças entre as modalidades ao defini-las, segundo ele a educação presencial é o ensino convencional, a modalidade dos cursos regulares, em qualquer nível, nos quais professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. Já a educação semi-presencial acontece uma parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias.

        A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e/ou no tempo, mas o uso de tecnologias de comunicação: dos impressos, das fitas de vídeo, da televisão, do software.

        Assim podemos associar a evolução das inovações tecnológicas de comunicação na EaD, segundo Nipper identifica três gerações, sendo que na primeira geração o ensino por correspondência, foi nos finais do século XIX, e a interação entre o professor e aluno era lenta.

        A segunda geração, nos anos 60 e 70 desenvolveram-se o ensino multimeios a distância, integrando ao uso de meios audiovisuais de massa (rádio, televisão) ou gravadores (cassetes) sendo materiais de apoio, complementado ao impresso e ofereceram muitas vezes serviços de apoio aos estudantes como tutoria e aconselhamento por telefone.

        Na terceira geração, nos anos 90 surgi o uso de novas tecnologias sob a forma de programas interativos informatizados, redes telemáticas como e-mail, as listas de discussão, fórum, Web, CD-ROMs didáticas e ultimamente na EaD usando a tecnologias da internet para o ensino e aprendizagem on-line em ambientes virtuais.

        O computador apresenta uma oportunidade de qualidade para a aprendizagem, através de programas e comunicação, nos permitem pesquisar, simulações, testar conhecimentos específicos, organizar conteúdos usando hipertexto e hipermídia. Quando o computador está ligado à Internet, modifica mais facilmente a forma de ensinar e aprender nos cursos presenciais como nos cursos à distância.

        Este ambiente informatizado de estudos é chamado de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e ter acesso a programas que facilitam a criação de ambientes virtuais, que permitem a interação de professor e alunos junto na Internet. Programas como o Moodle, o TelEduc e Sakai da PUC de Campinas.

        Segundo Moran (2000) “devemos procurar fazer com que os alunos dominem as ferramentas da Web, que aprendem a navegar e que tenham seu endereço eletrônico (e-mail)”, (p.46), que a classe crie fórum de discussão, participam de chat ou bate-papo para trocar idéias, a possibilidade de conhecer os recursos da Internet.